Deixo à disposição um documentário do History Channel sobre o renascimento para acrescentar mais alguns dados da apresentação feita hoje em sala de aula.
Aos que puderem, assistam para fundamentar nossas aulas da semana que vem.
Atenciosamente
CONSTRUINDO UM IMPÉRIO - RENASCIMENTO - History Channel
Estamos começando a nossa terceira unidade, estamos chegando ao final do semestre e vamos estudar nossos últimos estilos arquitetônicos.
Como já vimos isso antes. As linhas simples e retas estabelecidas pela arquitetura grega clássica se rebuscaram para ornamentar os rufos helenísticos. No final da era gótica, as formas lineares puras se tornaram flamboyant pontiagudos. Em toda a história, a arquitetura tem oscilado entre o mínimo e o máximo.
Os períodos do Renascimento e do Barroco seguem o mesmo padrão. O projeto discreto do Renascimento realçava a claridade, a lógica e as linhas planas e retas. O barroco, exuberante, tendia à emoção, à sensação e à configuração festiva. Os arquitetos renascentistas respeitaram as regras seguidas pelos antigos construtores romanos, enquanto os arquitetos barrocos esticaram as regras ao limite.
Os três R´s do projeto renascentista podem se Roma, Razão e Regularidade, mas são essenciais quatro B´s para se conhecer tanto a arquitetura renascentista quanto a barroca: os pais fundadores Brunelleschi, Bramante, Bernini e Borromini. O fato de serem todos italianos não é coincidência. As duas escolas de arquitetura foram criadas na Itália e depois se tornaram estilos internacionais, seguidos por toda a Europa.
Durante uma reforma em sua igreja, o abade Suger quis demolir as pesadas paredes, aumentar as janelas diminutas e dispersar a escuridão geral das abadias românicas. O abade imaginou um interior onde se fluiria livremente pelo espaço, sem divisões, onde as paredes seriam extremamente delgadas e onde, principalmente, a luz de Deus preencheria a igreja de maneira figurada e literal.
Quando Suger reconstruiu o coro, em St. Denis (1135-44), seguindo essa linha, inventou o estilo gótico. Em 50 anos, os oficiantes das cerimônias de sua congregação começaram a construir as suas próprias catedrais. Da Escandinávia à Espanha, as edificações eram conscientemente uma imitação de St.Denis, tornando-se cada vez maiores e mais claras.
O estilo gótico se espalhou pela Europa Ocidental como sarampo. De sua origem, perto de Paris, por 400 anos, ele dominou a construção de igrejas, prefeituras, hospitais e universidades. O desejo e os recursos para construir em escala monumental, por muitas gerações, foram uma novidade. Esse compromisso refletia uma renovada confiança na capacidade tecnológica e humana. Auxiliada pelo enriquecimento das cidades e pelo aumento do poder e patrocínio da Igreja e da monarquia, a característica gótica tornou-se uma característica urbana fundamental.
Na história da arquitetura ocidental, os 5 séculos entre a queda de Roma, por volta de 479, e o ano 1000 passaram praticamente em branco. Sob a depredação das tribos bárbaras, apenas preocupadas em destruir, a arquitetura monumental não declinou, simplesmente desapareceu. Assim, após o aniversário de 1000 anos de nascimento e crucificação de Cristo (1033), o mundo não tendo acabado em chamas, nem tendo havido o juízo final, a Europa recuperou sua vivacidade. De aproximadamente 1000 à 1200, proliferaram duas formas de construção: castelos e igrejas. Não importa se para fins militares ou religiosos, as duas formas eram pesadas pilhas de pedras, e suas paredes maciças serviam não só para o suporte, mas também para a defesa.
Com exceção do Império Romano Oriental, a cultura refinada alcançada por Roma havia desaparecido durante a Idade das Trevas (500-800). Na Europa ocidental, urbanidades civilizadas como ruas, leis, saneamento, água corrente, não passavam de remota lembrança. No entanto, vários fragmentos de Roma permaneceram em arcos e triunfais anfiteatros esfacelados que pontuavam a paisagem. Quando a arquitetura revivesceu, os arquitetos medievais imitaram esses velhos monumentos, adaptando as técnicas das abóbadas e a planta das basílicas romanas. No século XIX os críticos consideraram o românico como o primeiro estilo coerente, internacional, surgido na Europa ocidental depois de um lapso de 500 anos.
Em seu Meditação, o imperador romano Marco Aurélio (121-80 a.C), reconheceu o declínio da sua nação. "Brincadeiras e tolices em casa, guerras lá fora", escreveu. "Às vezes, terror, às vezes torpor ou preguiça estúpida: esta é a tua escravidão diária."
Por volta do século III, o império estava ainda mais enfraquecido. O exército, a economia e o espírito em geral decaíram. O auxílio público e os espetáculos não eram mais suficientes, e a insatisfação com a religião pagã do Estado estava desenfreada. Para preencher o vazio, o cristianismo atraiu fiéis, tornado-se a religião oficial em 394 d.C. Novas edificações refletiram a grandiosidade desse status imperial. Nos mil anos seguintes as estruturas da Igreja dominaram os arais da poderosa arquitetura.
Quando Roma e império ocidental estavam em ruínas, o centro de gravidade deslocou-se em direção ao leste. Enquanto que a avalanche de tribos germânicas, como hunos, godos e vândalos, saqueavam e pilhavam, prevaleceu a era do barbarismo, conhecida como a Idade das Trevas. No entanto, no leste, Constantinopla vivia uma era radiante, florescendo com igrejas e palácios opulentos que mais tarde deslumbrariam os cruzados.
Em 330 d.C., Constantino (o primeiro imperador cristão) transferiu a capital do Império para Bizâncio. Até ser dominada pelos turcos em 1453, essa cidade fascinante era o ponto alto da cultura da Europa. O império bizantino atingiu o auge durante o reinado de Justiniano (527-565). Sobreviveu pelos 900 anos seguintes, mas foi gradualmente diminuindo de tamanho. No entanto, sua influência aumentou, tornando-se o repositório da tradição clássica.
Aula 07 - Civilização Bizantina e Paleo-cristianismo - AQUI
GRANDES CIVILIZAÇÕES - Império Bizantino - PARTE 01 GRANDES CIVILIZAÇÕES - Império Bizantino - PARTE 02
O filósofo Alfred North Whitehead escreveu que "o império romano existiu em virtude da magnífica aplicação da tecnologia que mundo tinha visto até então". Essa tecnologia incluía as inovações de engenharia como o arco, a abóbada e a cúpula. Pela primeira vez, os construtores romanos cobriram imensos volumes de espaço interior, criando uma arquitetura de vãos encerrados e não de massas de sustentação. Com a invenção do concreto, construíram, em grande escala, formas cada vez mais audaciosas, das termas às basílicas.
Ao lado de colossais construções utilitárias, como estradas, pontes e aquedutos, os imperadores imprimiram o conceito de "Romanitas" em quase todo o mundo conhecido, deixando sua marca do Tâmisa até o Nilo e estabelecendo o padrão de civilização, desde leis e governos até exigências modernas como encanamento interno, água quente, lavatórios públicos, esgoto e estádios esportivos.
Em sua obra A Eneida, Virgílio citou Júpiter: "Cedi meus domínios aos romanos, e ele não tem mais fim".
Vamos conhecer com essa aula o grande Império Romano e as marcas que deixaram na raiz da civilização ocidental, influenciando até os dias atuais nosso padrão de civilização, como pudemos ver nas aulas e nos vídeos a seguir:
Em Antígona, Sófocles descreve a humanidade como o ápice da criação.
"São muitas as maravilhas na terra, mas nenhuma é mais maravilhosa do que o homem... Não há nada além do seu poder... A habilidade inventiva que ele tem está acima de todos os sonhos."
Os antigos gregos conseguiram provar que ele estava certo. Eles inventaram a democracia e a filosofia e criaram obras de arte sublimes em teatro, escultura e arquitetura. Os estilos criados pelos gregos são tão admirados universalmente que têm sido imitados há 2.500 anos, estabelecendo o padrão do clássico na civilização ocidental.
Com isso e mente que começamos a estudar a nossa próxima civilização, os gregos. A seguir vídeos para auxiliar no embasamento teórico e as apresentações das aulas.
Aula 03 - A Civilização Grega - AQUI Aula 04 - A Arquitetura Grega - AQUI Aula 05 - O Helenismo - AQUI
GRANDES CIVILIZAÇÕES - Grécia - PARTE 01
GRANDES CIVILIZAÇÕES - Grécia - PARTE 02
AS CIDADES GREGAS DO HELENISMO - Documentário da National Geographic
PATHERNON - Uma breve história das transformações sofridas pelo mais importante templo grego
A PROPORÇÃO ÁUREA - Constante matemática identificada pelos teóricos gregos e que está relacionada com sua busca constante pela beleza.